Professores ameaçam com
“paralisação inevitável” na
educação
caso não haja solução para
suas reivindicações

Vitrina,
08.07.2025 - Os professores reuniram-se pela
segunda vez em pouco mais de um mês para esclarecer pontos pendentes
sobre o comprimento do memorando de entendimento assinado com o
governo anterior.
A principal reivindicação continua
a ser o reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Prometem
que se isso não confirmar vão avançar com uma nova paralisação que
poderá afetar o inicio do ano letivo em todo país.
Durante o encontro, Vera Lomba,
professora do Liceu Nacional e representante da intersindical, a
associação que congrega os quatro sindicatos existentes em São Tomé
e Príncipe, afirmou que a reunião teve como objetivo “esclarecer
alguns pontos aindasem resolução”.“Me chamaram para vir esclarecer
algumas dúvidas, alguns anseios, a falta de informação que os meus
colegas tinham sobre a promoção o enquadramento e também reajuste
salarial”, disse a sindicalista.
“Nós, de momento, estamos numa
época de avaliações e queremos fazer o Ministério da Educação e
também o governo lembrar que quando nós fizemos a greve há um ano,
não levantamos a greve, nós suspendemos a greve”, lembrou Vera Lombá,
acrescentando que “isto quer dizer que a qualquer momento podemos
reativar o nosso desejo a greve, isso é que o governo tem que ter em
mente”.
Lembrou ainda que, “no dia em que
assinamos o memorando o ministro de Trabalho ficou zangado porque lá
dizia suspensão e dava noventa dias. Aquele tempo era para que o
governo se apropriasse de tudo aquilo que precisava apropriar para
atender as nossas reivindicações e até agora não o fez”. A ausência
de respostas concretas está a aumentar o descontentamento no seio da
classe docente.
Osvaldo Monteiro, docente do
ensino básico do primeiro ciclo afirmou por sua vez que “esta
concentração dos professores tem como foco a promoção de 530
professores que estavam orçamentado no OGE de 2024 para nos pagar.
Não efetivando este processo significa que tudo regressou para
estaca zero”, disse.
“Nós queremos apelar o governo ao
cumprimento do memorando de entendimento, porque os acordos, os
memorandos são para ser cumpridos. E há a continuidade de estado,
porque senão, significa que não há engajamento do estado com a
educação em São Tomé e Príncipe”.
Vitrina - JS
