Tesla recua na ameaça de
suspender energia e Emae
“guarda” programa de
racionalização de distribuição

Vitrina, 19.06.2025. A TESLA fez
marcha atrás e retirou a ameaça de suspender, a partir da meia-noite
desta quarta-feira o fornecimento de energia elétrica que vende a
Emae. A empresa já tinha preparado um plano de contingência para
fazer face a decisão da TESLA, mas nas últimas horas a empresa turca
emitiu um comunicado cujo conteúdo transcrevemos as partes
essenciais.
“A Tesla STP reconhece o convite feito
pelo Primeiro Ministro de São Tomé e Príncipe para iniciar
discussões visando a resolução da situação atual e a identificação
de um acordo mutuamente benéfico para pagamentos pendentes e
quaisquer outras questões contratuais. Em vista da nossa abordagem
construtiva e no espírito de colaboração a empresa anuncia que
continuará a fornecer energia a rede nacional até novo aviso”.
À partida, não haverá, para já, a
suspensão no fornecimento de energia pela Tesla e o plano de
racionalização de distribuição de luz elétrica à população decidida,
em consequência, pela Emae, ficam engavetados.
Entretanto, em comunicado distribuído
a imprensa, o principal partido da oposição, MLSTP, instou o
Ministério Público a analisar com urgência todos os contratos
assunado pelo anterior governo de Patrice Trovoada, sublinhando que
tais acordos prejudicam interesse nacional.
O comunicado do MLSTP surge horas
depois da Tesla ter decido unilateralmente suspender o fornecimento
de energia à Emae, alegadamente devido o acumular de faturas por
liquidar que dizem ter atingido mais de 7,5 milhões de euros. Valor
entretanto desmentido pelo diretor geral da Emae que refere uma
divida de apenas 2,8 milhões de euros.
“Este episódio confirma as
preocupações do MLSTP expressas tanto nos requerimentos apresentados
ao Tribunal de Contas, quanto aos debates parlamentares sobre a
assinatura de contratos prejudiciais pelos sucessivos governos da
ADI/MCI/PUN, sem qualquer concurso publico, como parece ser o caso
do contrato com a empresa SCATEC que deverá beneficiar do donativo
do Banco Mundial, destinado a produção de energia em São Tomé e
Príncipe”, diz o comunicado.
No comunicado o MLSTP pede ao
Ministério Público garantias de que “eventuais irregularidades sejam
devidamente investigadas e responsabilidades sejam apuradas”.
MB/Vitrina
