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Cacau presente na celebração de 50 anos

de independência nacional

Vitrina, 02.07.2025 - O cacau continua a ser o principal produto de exportação de São Tomé e Príncipe, agora mais valorizado com a sua transformação em chocolate e vendido no mercado internacional, principalmente europeu.A sua produção, que entre 1910 e 1920 atingiu até 30 mil toneladas, baixou atualmente para apenas três toneladas.

O cacau fez a economia do país durante muitos anos, apesar de hoje contar com o reforço de vários outros produtos produzidos em quantidades menos expressivas, como a copra, coconote, baunilha, pimenta e café.Cacau foi trazido como tema, esta terça-feira, de uma palestra, no Centro Cultural Brasil-São Tomé, no âmbito das celebrações dos 50 anos de independência do país.

Apresentado pelo engenheiro agrónomo Severino Espírito Santo, tomaram parte no debate historiadores, engenheiros agrónomos, agricultores, políticos e estudantes que praticamente lotaram o auditório do Centro Cultural Brasil-São Tomé e Príncipe.“São Tomé e Príncipe: De Produtor Secular de Cacau ao Exportador de Chocolate” foi o assunto dominante.“A nossa economia sempre se baseou na produção de cacau.

Nós tivemos o cacau desde os anos de 1800 e tal até aos nossos dias”, explicou o orador, cuja experiência no ramo da agricultura é bem notória.Entre os anos de 1910 e 1920, a sua produção atingiu o pico.  A mão-de-obra escrava, terra fértil e solo rico fizeram a produção crescer até 30 mil toneladas, colocando, quase, o arquipélago na lista dos principais exportadores da altura.

Mas essa produção começou a baixar anos após anos e atualmente, em 2025, a produção caiu para apenas três mil toneladas. Severino Espírito Santo explicou as várias tentativas das autoridades para fazer crescer a produção, entretanto, sem sucesso.

“Os sucessivos governos fizeram tudo o que puderam fazer, com ajuda do Banco Mundial (BM), Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros parceiros para ver se conseguíamos aumentar a produção, mas apesar de todas essas tentativas, não conseguimos fazer com que a produção aumentasse”, lamentou o principal orador da palestra, “São Tomé e Príncipe:

De Produtor Secular de Cacau ao Exportador de Chocolate”.Falhadas as tentativas para aumentar a produção, a opção foi a transformação desse produto e a opção foi produzir cacau de qualidade e cacau biológico. Estas duas marcas entraram na linha da frente de toda a produção em São Tomé e Príncipe.

“Uma vez surgida a produção biológica, nós decidimos começar a transformar o cacau em chocolate e, nesse caso, nós já temos três representantes nacionais que estão a exportar o chocolate”.O primeiro produtor/exportador do chocolate ‘made in São Tomé & Príncipe’ é o italiano Cláudio Corallo. Agora soma-se Diogo Vaz e a cooperativa CECAB.

O alto preço do cacau no mercado internacional está a estimular o aumento da produção em São Tomé e Príncipe, e o Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural está implementar um programa de expansão desse cultivo e também de substituição de plantas velhas por novas em algumas áreas de cacausal.

A transformação do cacau em chocolate parece ser a alternativa encontrada pelos principais produtores para gerir com maior rentabilidade a atual produção de cacau em São Tomé e Príncipe.

Vitrina - MB

 

 

 

 

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