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Diretor-geral da Emae garante que Governo e TESLA vão assinar

brevemente uma adenda ao acordo de venda de energia

Vitrina, 01.07.2025 - O diretor-geral da Empresa de Agua e Eletricidade, Emae, garantiu esta terça-feira que o governo e a Empresa TESLA STP vão chegar a um entendimento sobre o Contrato Administrativo de Investimento para o fornecimento de energia, atualmente em litígio.

“A única coisa que posso avançar-vos é que chegaremos a um entendimento e após isso, vai-se assinar uma adenda que constate, efetivamente, a nova visão do governo e aquilo que deve ser um contrato benéfico para as partes”, disse Raul Cravid em declarações a TVS.

Raul Cravid, acusou ainda o ex-primeiro ministro Patrice Trovoada de ter agido como acionista da TESLA STP durante as negociações para este contrato, facto que espelham as suas declarações proferidas na sua conta da rede social Faceboock, sobre este acordo considerado pelo governo de Américo Ramos como “bastante lesivo aos interesses do Estado”. “Quando eu ouço o Sr. ex-primeiro-ministro a falar, eu até fiquei com a sensação de que é um acionista da TESLA STP que estava falando.

Não vi o ex-primeiro ministro falando, distanciando-se de um assunto sobre o qual o governo atual está a tentar encontrar a melhor solução”, disse o diretor-geral da Emae.Já na semana passada, o primeiro-ministro Américo Ramos anunciou que a TESLA STP e o governo iriam encetar negociações que e esperava um entendimento,

“Nós o que estamos a fazer é sentar à mesa. É um contrato assinado pelo governo são-tomense, independentemente do governo, o nosso objetivo é, em função daquilo que são as constatações feitas pelo Tribunal de Contas e pelos técnicos, temos que sentar á mesa com os parceiros que fizeram o investimento e chegar a um acordo benéfico para as partes”, disse Américo Ramos.

“Eu espero que possamos concluir em breve esta negociação para permitir que tenhamos um contrato que não seja prejudicial aos interesses do país”, disse o chefe do executivo.

Nas suas declarações no Facebook, Patrice Trovoada acusa Raul Cravid e vários outros membros do seu governo de cumplicidade na celebração do contrato com a TESLA STP, afirmando que vários deles, incluindo diretores fizerem parte do chamado “Comité Economico”, uma instituição que também supervisiona as contas da Emae.

“Quando sou citado (pelo ex-primeiro ministro) de que sou membro do Comité Económico, quero esclarecer que comecei a fazer parte deste Comité a partir de junho de 2024.

Entretanto, para o vosso esclarecimento, este contrato com a TESLA STP foi assinado em 10 de outubro de 2023”, defendeu-se Raul Cravid, sublinhando também que “dois membros do governo deviam assinar” o contrato, “mas apenas um assina e outro não assinou”.

“Quando fui nomeado, fiz chegar duas notas ao governo, a primeira em 16 de novembro de 2024, ao ministro das finanças - porque é ele quem tem a tutela das finanças da Emae e é membro do governo. Por isso não entendo porque é que eu tinha que me dirigir diretamente ao senhor primeiro-ministro. A segunda nota com o mesmo teor reforçado é remetida ao governo atual, em 29 de janeiro de 2025, alertando para as mesmas situações”, sublinhou o diretor da Emae.

“O que o Sr. ex-primeiro-ministro quis dizer era que o governo (o seu) é Patrice Trovoada”, acusa Raul Cravid.Ainda em declarações a Televisão Pública, o diretor da Empresa de Agua e Eletricidade reforça a necessidade de as duas partes renegociarem esse contrato.

“Como é que eu faço um acordo com alguém, em que esta pessoa deve fornecer-me 10 sacos de arroz todos os meses e fornece apenas dois ou quatro sacos e cobra-me os 10 sacos, que negocio é este?”, questiona.

“Quem é que está a ganhar, quem é que está a perder? Há ou não necessidade de os dois se sentarem à mesa e rever o acordo. Meus senhores, o princípio de boa-fé deve existir aqui”, disse Raul Cravid questionando também a isenção de Patrice Trovoada.

“Quando ouço o ex-primeiro ministro falar, não senti que ele estivesse isento e que na altura quando se fez esse contrato existiu o princípio de boa-fé. O que eu pediria, é não estarmos aqui a criar mais conflitos, mais problemas onde não é preciso”, disse.Raul Cravid garante que “tal e qual está a Emae hoje, sendo gerida com TESLA nos moldes em que está este contrato, esta empresa não tem pernas para andar.

Que venha o melhor gestor, não terá pernas para andar”, garantiu.“Pagar mais de 500 mil euros mensais por uma energia que não está sendo entregue, não é justo, não é honesto. Tem que haver o princípio de boa-fé sim. Tem que haver revisão deste contrato sim”, concluiu.

Vitrina - MB

 

 

 

 

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