Vitrina, 01.06.2025 - O presidente da República,
Carlos Vila Nova defendeu no sábado, que uma eventual
responsabilização dos autores envolvidos na elaboração e assinatura
do Contrato Administrativo de Investimento entre o Estado
São-tomense através da Emae e a empresa TESLA STP deve ser da
responsabilidade da justiça.
“É um problema da justiça, o presidente não pune
ninguém, não condena ninguém, não julga ninguém, mas ajuda para que
as coisas se resolvam da melhor maneira”, disse Carlos Vila Nova em
declarações a jornalistas, no aeroporto, a sua chegada de Nova
Iorque.
O chefe de Estado adianta, contudo, que “as
medidas sejam tomadas”, atendendo o conteúdo do relatório do
Tribunal de Contas e que o contrato entre a TESLA e a Emae “tem que
ser trabalhado e corrigido”.“Tudo que é mau, tudo que seja negativo
para São Tomé e Príncipe tem que ser trabalhado e corrigido, é a
minha opinião”, defende Carlos Vila Nova, sublinhando que o
relatório do Tribunal de Contas dispensa “grandes comentários”.
Carlos Vila Nova regressou no sábado ao país
depois de ter participado nos trabalhos da Comissão da Consolidação
da Paz, que decorreu em Nova Iorque onde apresentou a nova
Estratégia Nacional de Prevenção de Conflitos, um documento cuja
execução define várias fases.“Nós vimos a situação da justiça, dos
conflitos, dos direitos humanos, do empoderamento das mulheres e dos
jovens”, explicou o estadista são-tomense que durante a sua estadia
em Nova Iorque, encontrou-se com o Secretário-geral das Nações
Unidas, António Guterres.

“Só a reforma da justiça não resolve os vários
conflitos que se pode ter, quer ao nível das forças armadas, quer
dos serviços e segurança, quer ao nível da sociedade civil e dos
autores políticos”, assegurou o governante.
O estadista são-tomense participou nos trabalhos
da Comissão da Consolidação da Paz com uma delegação que integrou a
ministras da justiça, direitos humanos e assuntos parlamentares e a
assessora jurídica da Presidência da República.Garantiu que o pedido
de assistência de São Tomé e Príncipe para implementação da nova
Estratégia Nacional de Prevenção de Conflitos teve “um bom nível de
aceitação”. Recorde-se que as Nações Unidas já garantiram 2,5
milhões de dólares para implementar esta estratégia.
“Agora é preciso nós trabalharmos de forma
positiva para conseguirmos implementar a estratégia”, sublinhou
Carlos Vila Nova tendo dito que o seu país é o primeiro a fazer a
apresentação deste documento.
MB/Vitrina